sábado, 18 de outubro de 2014

Dia 18 com cara de 19

Não é que eu não sinta a sua falta a cada dia... é que às vezes a saudade é tanta, que chega a doer, de verdade. Os dias 19 são particularmente mais difíceis. Como eu queria voltar no tempo e nunca ter atendido àquela ligação (por mais que eu já esperasse, por mais que eu tivesse aceitado que era o fim, não estava preparada para admitir aquela realidade tão dolorosa).
Nada consegue preencher o vazio que você deixou - aliás, ele só parece se tornar maior com o passar do tempo. Eu consigo enxergar tudo que entrou na minha vida depois que você "abriu espaço", afinal, dizem que às vezes nós temos que desistir de algo incrível para que outras coisas incríveis possam entrar. Mas o meu preço foi alto. Eu sei, muitas coisas maravilhosas e pessoas incríveis têm entrado na minha vida. Mas o fato de você não estar junto em cada conquista, em cada comemoração, em cada vitória que aparece... quase faz nada ter graça. Hoje eu consigo ser feliz, consigo ver que você e eu precisávamos dessa "separação" (entre aspas porque você nunca foi embora de verdade no meu pensamento). Mesmo assim, é inegável a saudade do seu abraço, da sua voz, do carinho e da companhia. Nada se compara ao exemplo que você foi e ainda é para mim, nada apaga tudo que você me ensinou e nada tira tudo que você me deixou. Foi lindo enquanto durou, eu não poderia ter escolhido um avô melhor para a minha vida.
Te amo, ainda mais a cada momento.

Luiz de Miranda, 15/07/1932 - 19/12/2012