segunda-feira, 13 de julho de 2015

A ausência mais presente

Até hoje ainda não consigo dizer se a dor de te perder foi maior que a alegria de ter tido você por perto. Ainda não consigo dizer se sinto minha consciência limpa por te deixar ir... você lutou tanto por nós, aguentou tanto sofrimento, ficou por perto muito além do possível.

Sua alegria, sua energia, sua empolgação eram contagiantes. Talvez por isso sua dor também tenha sido. Eu queria tanto que você tivesse ficado comigo, mas também queria tanto que você não sofresse mais...

A falta que você faz é tanta, que eu chego a sentir sua presença. Até demais. E a mesma presença que muitas vezes me encoraja e que me motiva a seguir em frente, às vezes também me paralisa e me impede até de pensar direito. E essa presença é tão forte, que dói e alivia ao mesmo tempo. Eu brigo comigo para te esquecer, para me libertar, para não sentir mais nada... Mas a verdade é que eu ainda te amo e que tenho um medo absurdo de apagar a única coisa que ainda tenho de você: a memória.
Eu sei que nada disso faz sentido, mas aí eu lembro que saudade nunca fez sentido para mim, mesmo.

Vou seguindo a vida, feliz por você fazer parte dela e esperando que um dia nos encontremos de novo.

domingo, 25 de janeiro de 2015

2 em 1

Não é porque uma sabe os piores - e os melhores - segredos da outra. 
Não é porque trabalhamos tão bem juntas, que parece que somos uma equipe há muitos anos.
Não é porque uma sempre vira uma rocha quando a outra precisa desabar.
Não é porque a gente tem os mesmos machucados nas mesmas partes do corpo. Nem porque você rouba as minhas doenças para que eu fique bem.
Não é porque a gente se veste igual várias vezes sem ter combinado antes. E sem se incomodar com isso.
Não é porque essa amizade é um relacionamento mais sério que todos os relacionamentos sérios que eu já tive.
Não é porque você anda na chuva comigo com sacola plástica na cabeça.
Não é porque, mesmo depois de 14 horas por dia juntas todos os dias, a gente ainda quer se ver no final de semana. E a saudade é tanta, que mal podemos esperar pela chegada da segunda-feira. Nós gostamos de segundas. (favor passar essa parte para o pretérito, porque eu não consigo)
Não é porque você me ensinou e ensina tanta coisa - de vida, de trabalho, de ciência, de finanças, de imposto de renda.
Não é porque você segurou minha mão e me ajudou a andar desde o instante em que nos conhecemos.
Não é porque você abriu meus olhos e me fez enxergar que eu posso tudo que eu quiser - e que você vai estar lá me ajudando e me aplaudindo enquanto isso.
Não é só porque você é importante o suficiente para que eu tenha as crises de ciúme mais absurdas da minha vida.
Não é só porque pensamos igual e diferente ao mesmo tempo.
É por tudo isso junto. E mais, muito mais. É por algo que desde o início eu nunca soube explicar. Nós duas juntas somos uma missão que eu ainda não descobri qual é.
A minha felicidade por você é infinita, como já te falei... conquista sua é conquista minha. Mas perder o conforto de te ver todo dia, mesmo que a gente se desencontre o dia inteiro, é uma sensação indescritível. A falta que você vai me fazer só não é maior pelo seguinte:
A saudade é imensa quando você perde alguém que faz parte da sua vida. Mas ela fica bem menor quando esse alguém faz parte de você.
Eu amo você e não te desejo toda a sorte do mundo porque você não precisa; você precisa ser você e só - você já é incrível, já brilha pelo simples fato de existir. E eu estarei com você a cada segundo, torcendo, comemorando, brigando e apoiando.
Parabéns, princesa!
Vai voar e volta logo!