segunda-feira, 13 de julho de 2015

A ausência mais presente

Até hoje ainda não consigo dizer se a dor de te perder foi maior que a alegria de ter tido você por perto. Ainda não consigo dizer se sinto minha consciência limpa por te deixar ir... você lutou tanto por nós, aguentou tanto sofrimento, ficou por perto muito além do possível.

Sua alegria, sua energia, sua empolgação eram contagiantes. Talvez por isso sua dor também tenha sido. Eu queria tanto que você tivesse ficado comigo, mas também queria tanto que você não sofresse mais...

A falta que você faz é tanta, que eu chego a sentir sua presença. Até demais. E a mesma presença que muitas vezes me encoraja e que me motiva a seguir em frente, às vezes também me paralisa e me impede até de pensar direito. E essa presença é tão forte, que dói e alivia ao mesmo tempo. Eu brigo comigo para te esquecer, para me libertar, para não sentir mais nada... Mas a verdade é que eu ainda te amo e que tenho um medo absurdo de apagar a única coisa que ainda tenho de você: a memória.
Eu sei que nada disso faz sentido, mas aí eu lembro que saudade nunca fez sentido para mim, mesmo.

Vou seguindo a vida, feliz por você fazer parte dela e esperando que um dia nos encontremos de novo.